Green Copybook - FNM - Fábrica Nacional de Motores
A Fábrica Nacional de Motores, a FNM, também conhecida popularmente como "Fenemê", foi uma empresa brasileira fundada em 1942 e que encerrou suas atividades em 1979.
A FNM produziu caminhões e outros tipos de veículos, sendo alguns modelos de caminhões utilizados pelo Exército Brasileiro e pela Força Aérea Brasileira no período aproximado de 1957 a 1980.
A FNM foi inaugurada em 1942 no Bairro de Xerém, atual Município de Duque de Caxias, Estado do Rio de Janeiro. Em 1942 Duque de Caxias ainda não era emancipada do Município de Nova Iguaçu. Ela foi originalmente concebida para ser uma fábrica de motores aeronáuticos produzidos sob licença da empresa americana Curtiss-Wright dentro do esforço de guerra ainda antes da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial.
A ideia da criação de uma empresa para a fabricação de motores remonda a 1939, quando o Brasil, vivendo sob o governo de Getúlio Vargas, no período conhecido como Estado Novo, buscava se industrializar em um esforço de modernização e diversificação econômica.
A necessidade de motores de aviação foi percebida devido aos avanços na aviação militar e civil no Brasil e Antônio Guedes Muniz, então coronel e um dos pioneiros da indústria aeronáutica brasileira, foi até os Estados Unidos negociar o acordo de produção junto ao governo americano.
Após a assinatura do contrato entre os dois governos, em que houve investimentos de ambas as partes, em 13 de junho de 1942 iniciou-se a construção da fábrica propriamente dita, um complexo muito moderno e amplo para os padrões industriais da época. O local, em Xerém, era próximo ao pé dos morros da Serra de Petrópolis, a cerca de 50 km ao norte da região central da cidade do Rio de Janeiro, então a capital do Brasil à época. Certamente a disponibilidade de mão-de-obra exigiu alguma proximidade a um grande centro urbano, ao mesmo tempo em que alguma proteção contra riscos costeiros e ataques aéreos tenha sido levada em consideração ao se instalar a fábrica relativamente longe da costa e com um dos flancos cercado por montanhas.
Entretanto, a guerra acabou e o interesse na produção de motores aeronáuticos diminuiu. Além disso, o governo de Getúlio Vargas chegava ao fim e o governo que o sucedeu, presidido por Eurico Gaspar Dutra, optou pelo fim da produção de motores de avião e o direcionamento da fábrica para a produção de veículos, eletrodomésticos e peças para máquinas industriais.
Para a produção de veículos houve a necessidade de assinatura de um acordo de produção entre a FNM e a empresa italiana Isotta Fraschini, construtora de caminhões e de veículos diversos.
Em 1949 iniciou-se a produção do modelo FNM D-7.300, dos quais foram produzidas 200 unidades.
Em 1951 iniciou-se a produção do modelo FNM D-9.500, já sob licença da empresa Alfa Romeo, da Itália.
Em 1958 iniciou-se a produção do modelo FNM D-11.000, também sob licença da Alfa Romeo. Este modelo fez bastante sucesso e foi adotado pelas forças armadas brasileiras.
Em 1968 a empresa foi privatizada, sendo vendida para a Alfa Romeo.
Em 1972 iniciou-se a produção do modelo FNM 180 e logo em seguida o modelo D 210.
Em 1977 a Alfa Romeo foi vendida para Fiat, que ainda operou a fábrica brasileira até 1979, quando foi definitivamente fechada.
Página criada em 29/04/2024 e atualizada em 15/05/2024.